Camille Flammarion

Camille Flamarion, um espírita de grande cultura e erudição, viveu entre os séc XIX e XX na França, tendo sido grande amigo de Allan kardec. Ele foi um homem brilhante, interessado nas mais variadas ciências, estudioso desde pequeno e que soube como poucos aproveitar o tempo de forma produtiva.

Camille Flammarion nasceu em 1842 na França. Foi o mais velho de uma família de quatro filhos, e passou uma infância dura e com poucos recursos. Entretanto, desde muito jovem revelou qualidades excepcionais. Queixava-se constantemente que não conseguia fazer um décimo daquilo que planejava.
Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já conhecia princípios de gramática e aritmética.

Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram-no a aprender latim com um vigário. Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória. O padre falava da beleza da ciência, da Astronomia e o jovem Flammarion lhe bebia as palavras.

Mais tarde, Camille foi trabalhar como aprendiz de gravador. Assim, ele pretendia pagar seus estudos na matemática, na língua inglesa e no latim. Queria obter o bacharelado e por isso estudava sozinho à noite. Como sempre foi humilde e nem sempre tinha como comprar velas, estudava ao clarão da lua, após 15 a 16 h diárias de trabalho.

Ingressou na Escola de Desenho dos frades da Igreja de São Roque, e, tendo os domingos livres, naturalmente tratou de ocupá-los. Passou a assistir nesses dias às conferências feitas pelo abade sobre Astronomia. Com o tempo, juntou forças com seus colegas para difundir seus estudos de ciências, literatura e desenho, o que era um programa um tanto ambicioso.

Aos 16 anos de idade, Camille escreveu “Cosmogonia Universal”, um livro de quinhentas páginas. Antes já havia escrito uma outra obra menor, “O Mundo antes da Aparição dos Homens”. Assim era a vida de Camille Flamarion: estudar muito, trabalhar em exagero e nunca se sentir no direito de descansar…

Um belo domingo, ele desmaiou durante uma missa, o que lhe foi muito providencial. O médico, ao visita-lo, viu sobre sua cabeceira os manuscritos do seu livro sobre Cosmogonia e, impressionado, colocou-o no Observatório de Paris como aluno de Astronomia. Entretanto, lá o jovem Camille sofreu com as perseguições do diretor, que não aguentava um rapaz tão novo acompanhá-lo em estudos tão profundos.

Camille saiu do Observatório aos 20 anos, continuou com mais liberdade os seus estudos, sempre apaixonado por entender o Universo. Publicou no mesmo ano a obra “Pluralidade dos Mundos Habitados”, atraindo a atenção da comunidade de estudiosos.

Para conhecer a direção das correntes aéreas, realizou, aos 26 anos, alguns voos aerostáticas. Dois anos depois, ele publicou um tratado sobre a rotação dos corpos celestes e a gravidade. Pela publicação de outra obra, “Astronomia Popular”, foi premiado pela Academia Francesa, aos 38 anos.

Espírita convicto, amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, foi ele o escolhido para fazer a prece durante o enterro do Codificador do Espiritismo, na ocasião em que este desencarnou.

As obras deixadas por Camille, de uma forma geral, falam sobre o postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados: “Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais”, “As Maravilhas Celestes”, “Deus na Natureza”, “Contemplações Científicas”, “Narrações do Infinito”, “Sonhos Estelares”, “A Morte e seus Mistérios” entre muitas outras. Impressionante a energia deste homem, que desencarnou após uma vida de intensa produção aos 83 anos de idade, também na França.

Fonte: Folha Espírita (http://www.folhaespirita.com.br/v2/node/10?q=node/165)

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