Dr. João Lourenço
Meu curso de Medicina foi difícil. A partir do terceiro ano, para aliviar a carga, passei a ler os textos da Homeopatia nas horas livres, os quais me pareciam muito curiosos. Fui me aprofundando no assunto, sem notar. Na fase clínica da faculdade, comecei a pesquisar mais sobre a matéria, junto aos pacientes hospitalizados. O fundador da Homeopatia dizia que “o observador livre de preconceitos” atestaria, na observação prática, o que ele afirmava; por isso fui verificar.
Essas incursões aprimoraram a minha formação clínica, que ficava mais evidente naqueles anos; então, continuei. No final do curso, um problema de consciência apareceu: por que não usar? Não pude fugir da especialidade, mesmo com a imagem muito ruim que ela criava para quem ousava aplicá-la naqueles tempos de muitos preconceitos. Dessa forma, enriqueci com a Homeopatia meu arsenal terapêutico na prática da Clínica Generalista.
Algumas dezenas de anos à frente, estou a olhar o passado e vejo como pude viver o “ médico” que existe em mim, com a satisfação de sentir o quanto pude ser útil às pessoas enfermas, aliviadas por essa incrível terapêutica.
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